Madrugada
É na madrugada que os pensamentos gritam mais alto. É na madrugada que são travadas batalhas internas, argumentações e reflexões. É na madrugada que o choro vem fácil acompanhado de uma enxurrada de lembranças e o insistente "e se?". Tanto no futuro quanto no passado. É na madrugada que descobre-se amores, dores e fraquezas. É quando o medo se apresenta: medo de errar, medo de morrer e o medo de perder. Ou o medo infantil do guarda-roupas escuro e dos barulhinhos permeando o quarto. É na madrugada que a própria voz é percebida, o eu aparece e deixa tudo um tanto bagunçado mas também esclarecido. E o sono chega vagaroso, em pequenas doses e olho vai pesando, pesando... O dia barulhento desperta trazendo aquele cheirinho gostoso de café fresco.

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