A tal felicidade

09:02 Clarine Ramos 0 Comments


Sempre achei que estar ou ser feliz envolvia bons acontecimentos na minha vida, sempre achei que a felicidade tinha que ser minha e tinha que estar presente em grande parte do tempo. Confundi com o querer, o ter ou o não ter. Criei uma ideia de felicidade egoísta que acaba se tornando frustração, agonia e ansiedade. De um tempo pra cá, percebi que a felicidade é mais compartilhada e é mais dos outros do que minha. Ela é um sorriso gentil em meio a um dia de calor intenso. É um dez na prova que meu irmão fez. É um elogio do pai pra mãe. É quando meus cachorros pulam e gritam porque vão passear. É o "Deus te abençoe" de uma pessoa que precisa muito e consegue algumas moedas no sinal. Não posso exigir que ela seja só minha, porque não foi feita sob medida, ela se adapta em cada cantinho que a deixam entrar. É tão discreta que não se percebe e ao contrário do que pensava, ela não vai embora, apenas muda de aparência.


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